terça-feira, 7 de abril de 2009

Nilau, também conhecido por Lilau







Os depósitos de água subterrânea da zona do Lilau constituíam a principal fonte de água natural em Macau durante 5 séculos. A popular frase "Aquele que beber da água do Lilau, jamais esquecerá Macau" expressa bem a ligação nostálgica dos habitantes ao Largo do Lilau.
Esta área corresponde a um dos primeiros bairros residenciais portugueses em Macau com uma atmosfera tipicamente mediterrânea e algumas influências Art Deco, que contrastam com a arquitectura tradicional chinesa da vizinha Casa do Mandarim, num bom exemplo da fusão de conceitos arquitectónicos e urbanos ocidentais e chineses.
O Largo do Nilau (ou Lilau) com a sua fonte, foi o centro de um dos mais típicos bairros macaenses. O padre Benjamim Videira Pires (1916-1999), que viveu cerca de 50 anos em Macau, escreveu um texto em que lhe chamava "Fonte do Nilau ou Poço da Avó" integrado no livro "Os extremos conciliam-se": "no cruzamento de cinco vias públicas, ao princípio da rua da Barra, sombreado com árvores de pagode (banianas)..., situa-se o Largo da Fonte ou Bica do Nilau. Os chineses chamam-lhe Poço da Avó. Nilau, em cantonense Nei Lau, significa 'corrente (de água) do monte'."
Esta fonte era a principal da cidade em 1784... Foi enterrada há muitos, muitos anos... Existem ainda registos das seguintes fontes: da Flora, da Inveja, da Solidão, do Filósofo...

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