sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

O fim da Banda Municipal

“O Famoso Trio” (“The famous Trio”): cartoon published in O Liberal, 15.1.1921, criticising the demise of the Municipal Band, caused by bad management and money misuse. The three figures portrayed are most probably members of the city council (two of them were possibly identified as Luiz Gonzaga Nolasco da Silva, Vice-president of the Leal Senado [right] in 1920 and the Major Alípio Ubaldy d’Oliveira [left]). The caption reads, “The Municipal Band was abolished and, very soon the organ of the Chi-chi-ui [literally “trash club”, nickname given to the conservative newspaper O Macaense, opponent of the O Liberal] will be closed. The advertised “sextet” cannot be formed because of lack of musicians, but the famous Trio intensively rehearses a new repertoire, which will certainly amuse the public.
Na legenda deste cartoon - "O Famoso 'Trio'" - publicado na edição de 15 de Janeiro do jornal "O Liberal" pode ler-se: “Extinguiu-se a Banda Municipal, e, do próximo mês em diante deixa de funcionar o órgão da Chi-chi-ui (Referência ao jornal "O Macaense" tido como conservador). O anunciado “sexteto” não se forma por falta de elementos; mas, em compensação, o famoso Trio ensaia activamente um novo reportório, com que voltará muito breve a deliciar o público.”
O coreto do Jardim de S. Francisco era um dos locais uma a banda municipal actuava
 O extremo oposto do jardim (face à imagem do primeiro postal)
No final do ano seguinte, a 14 de Dezembro de 1922, o mesmo jornal escrevia: “Há quem pretenda montar o negócio de dotar a Colónia com uma banda e uma orquestra, capazes uma e outra de deliciarem a população, tanto nos jardins públicos como no hall do Hotel ou nas festas ou nos teatros. Aproveitando bons elementos que andam dispersos e contratando alguns músicos filipinos — óptimas figuras por pouco preço — poder-se-ia de facto fazer qualquer coisa de geito. (…) A iniciativa particular pretende, mais uma vez, tirar canceiras ao Estado, oferecendo servi-lo por pouco dinheiro. Que irá fazer esse mesmo Estado?”

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