sábado, 22 de junho de 2013

Dumont d'Urville: 1790-1842

Jules Sébastien César Dumont d'Urville (1790-1842) foi um oficial naval e explorador francês que viajou pelo sul e oeste do Pacífico, Austrália, Nova Zelândia, Antártica e Ásia tendo passado por Macau.
Em 1812, após entrar para a Marinha francesa, Dumont aperfeiçoou seu conhecimento cultural: falava já latim e grego e aprendeu inglês, alemão, italiano, russo, chinês e hebreu. Dotado de uma prodigiosa memória, durante suas viagens aprendeu um grande número de dialetos locais. Na Marinha, também aprendeu botânica e entomologia. Fez sua primeira viagem de navegação no Mar Mediterrâneo, em 1814. Em 1819 partiu com o navio Chevrette para as Ilhas Gregas. Enquanto estava na ilha de Milo, um representante francês local falou para ele sobre a descoberta, feita por um camponês local, de uma estátua de mármore. A estátua, agora conhecida como A Vênus de Milo, fora concebida no ano 130 AC. Dumont escreveu para o embaixador francês em Constantinopla para convencê-lo a comprar a estátua o que lhe valeu o título de Chevalier (Cavaleiro) da Legião de Honra e a promoção a tenente.
Em 1822, Dumond e outro tenente, Louis Isidore Duperrey, começaram a planear uma expedição para explorar o Pacífico, uma área na qual a França tinha sido expulsa durante as Guerras Napoleónicas. René-Primevère Lesson, médico e naturalista, também estava na expedição. No regresso a França trouxeram uma grande colecção de animais e plantas das Ilhas Malvinas, das costas do Chile e Perú e de vários arquipélagos do Pacífico, Nova Zelândia, Nova Guiné e Austrália.
Dois meses depois, Dumont apresentou ao Ministério Naval um plano para uma nova expedição pelo Pacífico, que ele esperava agora comandar. A proposta foi aceite e o navio foi rebatizado Astrolabe. Partiu de Toulon e viajou por todo o Oceano Pacífico, Austrália e e Polinésia. A expedição trouxe uma enorme quantidade de informações científicas. Em 1830, o navio,  numa nova missão, chega à Antártica e Dumont descobre a 25 de Fevereiro do mesmo ano, o Pólo Sul Magnético (A estação francesa de exploração na Antártica é denomonida Estação Dumont d'Urville em sua homenagem). Já em França, entre 1841 e 1854, lançou livros com o relato de suas viagens, em 24 volumes. Em Maio de 1842 morre num acidente de comboio perto de Versalhes. Nesses livros encontramos Macau de meados do século XIX.
A Praia Grande e a gruta de Camões (ainda sem o busto) em cima; em baixo: Riviére de Macao
Ilustrações de Macau incluídas nos livros que Dumont deixou escrito como registo das suas viagens
Jules Sébastien César Dumont d'Urville (1790-1842) was a French explorer, naval officer and rear admiral, who explored the south and western Pacific, Australia, New Zealand and Antarctica. As a botanist and cartographer he left his mark, giving his name to several seaweeds, plants and shrubs, and places such as D'Urville Island. And he was in Macao...
Book sugestion/Sugestão de leitura:
This four-volume (2011), illustrated collection, issued by the Paris publisher Furne in the mid-nineteenth century, showcased the work of recent French explorers for a popular readership avid for accounts of exotic foreign lands. It contains lightly fictionalised versions of accounts by three influential geographers and naturalists. Volumes 1 and 2, by the naval officer Jules Dumont d'Urville (1790–1842), cover his first two voyages to the Pacific; originally published in 1832, the printings reissued here date from 1863 and 1859. Volume 3 contains an account by Alcide d'Orbigny (1802–57) of his travels in South America in 1826–33, supplemented by material on North America and Iceland. It was first published in 1841; this posthumous 1859 printing was updated by Alfred Jacobs (1802–70). Volume 4 (1859), substantially updated by Jacobs, is based on an 1839 publication by Jean-Baptiste Benoit Eyriès (1767–1846), a founder member of the French Geographical Society.

Sem comentários:

Enviar um comentário