quarta-feira, 27 de abril de 2016

Antigos salões de chá


A propósito de umas fotos antigas disponibilizadas pelo meu amigo macaense JD, refiro-me neste post aos antigos salões/casas de chá de Macau de outras eras, famosos pelos pequenos almoços de dim sum. Entre as mais conceituadas destaque para a Lok Kok (demolida em 1994),Tai Long Fong, Long Wa (av. Almirante Lacerda), Kun Na...
 Salão de chá "Lok Kok" (seis país) na Rua 5 de Outubro

 Um peça da antiga Casa de Chá doada ao Museu de Macau
Curiosidades: 
A palavra Chá em português soa ao mesmo que em mandarim ou tailandês mas o mesmo já não acontece em várias línguas europeias onde, curiosamente, a palavra começa sempre pela letra T: Tea, Tee, Te, Té, Thé, Thee, etc. A explicação que me deram deriva do facto do chá ao ser transportado do oriente para o ocidente vir em sacos que muitas das vezes tinha a letra T (de transporte) inscrita. Pouco científica, mas provável.
Refira-se ainda como achega para o tema que o carater chinês para chá é 茶 e pode ler-se de duas maneiras: tcha (significa apenhar, colher) ou té (significa bebida). Temos assim uma explicação plausível para que tenhamos actualmente duas formas de dizer (e escrever) a palavra chá no mundo.
A lenda sobre as origens desta bebida aromática tão enraízada nos costumes chineses remonta aos tempos do imperador chinês Sheng Nong. 
Lu Yi (733-804 d.C.) / Lu Yu, monge budista da China, produziu no século VIII (Dinastia Tang) a primeira obra importante sobre o chá, intitulada Ch’a Ching (O Clássico do Chá) e ainda hoje considerada uma obra de referência (Lu é considerado o Deus do Chá) sobre os rituais, a cultura, a colheita, a preparação, a degustação, os utensílios e a planta propriamente dita.
No seu comércio os portugueses trariam nas naus as plantas do chá que nos primeiros tempos eram usadas com fins medicinais. 
As primeira referências escritas no ocidente surgem no século XVI com a descrição botânica da planta em tratados europeus por um suíço, Gaspar Bauhin (1550-1624), através de relatos feitos por holandeses, e outro por um jesuíta português, João Rodrigues (1562-1633). Voltarei ao tema em breve... até lá sugiro este post.

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