sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Compal faz sucesso em Macau há mais de 40 anos

Reprodução de uma notícia da Agência Lusa de 23.10.2009
Macau, China, 23 Out (Lusa) - A Compal chegou a Macau há mais de 40 anos pelas mãos de um empresário local e hoje os seus produtos são os mais vendidos entre outras 11 marcas nacionais que a agência Seng Kuong representa na Região Administrativa Especial chinesa.
Nos anos 70, ainda quando Macau estava sob a administração portuguesa, a família de Vittorio Acconci, de origem italiana mas com raízes em Macau, tinha negócios na área da construção civil, acabando por se dedicar à representação de marcas de bens de consumo de diferentes países e regiões, entre os quais Portugal, tendo ainda aberto um restaurante italiano de nome "Toscana".
"Há mais de 40 anos, Vittorio Acconci fez uma viagem a Portugal para visitar os grandes produtores, acabando por trazer na bagagem latas de feijão da Compal e garrafas de vinho Borba", explicou à Agência Lusa a directora comercial da agência comercial Seng Kuong Da Vittorio, Sam In U.
Hoje, a Compal é a marca mais vendida em Macau pela Seng Kuong, que representa ainda no território a Sagres, Nobre, Pedras, Caramulo, Bacalhôa, Vieira de Castro, Maçarico, Ramirez, MF, Borba e Porto.
O "sucesso" da Compal, como Sam In U constata, leva mesmo alguns residentes, como Amy Chan, de 28 anos, a achar que "Compal é uma marca chinesa", uma vez que se depara com a marca nos supermercados desde muito pequena, justificou à Lusa a visitante da Wine & Gourmet.
"Começámos a importar latas de feijão, mas com o avançar dos tempos, a população começou a pedir produtos mais saudáveis e há dez anos passámos a importar sumos de fruta", constatou Sam In U ao salientar que hoje os sumos da Compal são encontrados em hotéis de luxo em Hong Kong, além de nas grandes superfícies e lojas japonesas.
Há menos de dois anos nas prateleiras dos supermercados de Macau, as latas de sardinha e atum Ramirez são os produtos menos vendidos pela agência Seng Kuong no território.
A cerveja Sagres também tem tido algumas dificuldades de afirmação, já que "não consegue competir com a cerveja local ou da China, essencialmente devido ao preço", explicou Sam In U, acrescentando que no que toca ao azeite, a venda em garrafa gera maior confiança do consumidor.
A agência Seng Kuong Da Vittorio tem em exposição na feira Wine & Gourmet Asia, que decorre até domingo em simultâneo com a Feira Internacional de Macau, os produtos portugueses que tem à venda no território, de modo a alargar a sua rede de distribuição.
Entre a dezena de marcas nacionais que procuram novas oportunidades de investimento na feira encontra-se também a Casa do Porco Preto, de Barrancos, que já importa desde 2007 presuntos e enchidos portugueses para Macau, com uma facturação anual na ordem dos 300 mil euros. "Em 2007 conseguimos arranjar um parceiro local e hoje já se encontra o nosso presunto numa série de hotéis, casinos e restaurantes do território", explicou à Lusa o director comercial da Barrancarnes, Eduardo Bernardo, salientando que a meta é agora expandir a rede de distribuição em Hong Kong e para outras regiões da China.
Autor: PNE

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