quinta-feira, 21 de março de 2013

António Patrício: 1878-1930


António Patrício, escritor e diplomata, nasceu no Porto em Março de 1878 e morreu em Macau em Junho de 1930.
Foi estudante de matemática no Porto e frequentou a Escola Naval de Lisboa.Em 1908 conclui o curso de Medicina na Escola Médica do Porto. profissão que nunca exerce. No ano de 1911 ingressa na carreira diplomática ao ser nomeado cônsul de 2ª classe em Cantão onde esteve durante dois anos. Passa por diversos países (Reino Unido, Venezuela, Brasil, Alemanha, etc) até que regressa a Portugal em 1928. Dois anos depois, em Março de 1930, é nomeado ministro de Portugal em Pequim, cargo que não chega a ocupar, vindo a falecer à chegada a Macau a 4 de Junho de 1930.
A sua actividade literária (dramaturgo, contista, poeta) começa em 1905. Deixou uma obra marcada pelas influências de Nietzsche, Maeterlinck e D'Annunzio, bem como pelas correntes literárias do simbolismo, decadentismo e saudosismo.
Sugestão de leitura:
"António Patrício - Um Diplomata Republicano Liberal", de Jorge Carvalho Martins, INCM, 2000. O livro tem por base a dissertação de Mestrado defendida pelo autor (mestre em História Contemporânea), em 1995, na Faculdade de Letras de Lisboa.
Acaba de ser editado em Macau (COD Edições) um livro intitulado "Fragmentos Poéticos" com textos inéditos de António Patrício. Os textos compilados foram entregues a Luís Sá Cunha por José Augusto Seabra – autor do prefácio – que por sua vez os obteve da mão de António Braz Teixeira. “A obra dispersiva de António Patrício, escritor de errâncias fugidias, cuja órbita ultrapassou o fim do último século e o primeiro terço actual, entre as suas missões de diplomata discreto e as solicitações intermitentes da poesia, da ficção e do teatro, deixou como se sabe um rasto fascinante mas difuso, que se foi pouco a pouco delineando nas suas derivações. Uma delas, que não tem merecido, quanto a nós, a atenção devida, é a da escrita aforística, a qual marginou recorrentemente as vivências e as experiências estético-literárias de um autor de pendor reflexivo, em que se detectam ecos filosóficos – nietzchianos, nomeadamente, por ele próprio citacionalmente indiciados – com repercussões transtextuais nos seus discursos poético, narrativo e dramático. Da sua leitura ressaltam por vezes, com uma luminosidade ofuscante, reverberações de sentido que manifestam a intencionalidade criadora de muitos dos seus livros”, escreve José Augusto Seabra no prefácio do livro.

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